Mercados com enorme potencial de negócios, como Europa, Ásia e Estados Unidos demandam produtos diferentes daqueles que as PYME da América Latina e Caribe têm condições de produzir. O blog “Asesores de PYMEs” defende que empresas com diversidade de mercados e atividade internacional aumentam seu valor como fonte estratégica de negócios e potencializam a sua sustentabilidade em longo prazo.

Uma pesquisa abrangente realizada pela IHS Global Insight e pela DHL Express demonstra que o comércio e a cooperação internacional tornaram-se fatores fundamentais para o sucesso das PYMEs. Por exemplo, uma análise econômica e uma sondagem realizada com 410 diretores de PYMEs revelam que as empresas que participam de mercados internacionais têm o dobro de chance de sucesso em comparação com aquelas que funcionam somente no mercado doméstico. Dentre as PYMEs questionadas, 26% das empresas que participam do comércio internacional excederam significativamente o desempenho projetado em tal mercado, em comparação com 13% daquelas que têm operações exclusivamente no país de origem.

• Redução de riscos: conforme indica o blog das PYMEs: Comunidade de empreendedores, vender para vários mercados permite que as PYMEs diversifiquem o risco. Aquelas empresas que conseguem posicionar seus produtos em diversos países estão menos expostas às alterações cíclicas do mercado local ou de um mercado específico. Por conta disso, a sustentabilidade do negócio em longo prazo é aumentada.
• Aumentar o volume das vendas: começar a vender em novos mercados, onde a empresa nunca operou antes, implica no aumento do volume de vendas. Por conseguinte, aumentarão também o fluxo de capital e a receita. Em longo prazo, após o retorno do custo de inserção no mercado internacional, aumentar as vendas internacionais aumentará a rentabilidade geral, com mais capacidade e maior volume de produção.
• Redução do custo de produção por unidade: o aumento do volume de compras de matéria-prima permite negociar melhor os preços, as condições de pagamento e os prazos de entrega. Além disso, a exportação abre as portas da empresa para os mercados de fornecimento no exterior, os quais podem oferecer melhores condições de preço, pagamento e/ou qualidade. O resultado disso é um menor custo de produção por unidade, trazendo uma vantagem à PYME.
• Redução das demandas sazonais: para as empresas cujos produtos ou serviços são utilizados apenas em determinadas épocas do ano em nível local, vender em outro país pode ajudar a equilibrar a demanda durante o ano. A ONUDI (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) esclarece que isso é perfeito para empresas que vendem produtos sazonais como roupas ou determinados tipos de alimentos.
• Desenvolvimento profissional da empresa: em geral, as empresas que se arriscam no negócio de exportações precisam estar presentes ou representadas no mercado estrangeiro. Isso pode variar desde uma simples campanha de marketing por meio das redes sociais até a presença física no mercado de destino,  ou seja, uma PYME exportadora precisa realizar pesquisas de mercado e um plano de exportação, dentre outros. Desse modo, o resultado será uma empresa mais desenvolvida em termos de estratégia operacional, com uma posição melhor para dar prosseguimento à expansão.
• Aproveitamento do excedente de produção: aquelas empresas que possuem um excedente de produção, não importando o motivo, podem optar por vender os produtos no mercado internacional, sem a obrigação de deduzi-lo no mercado de origem ou ainda ter que se desfazer do excedente. Isso funciona quase como que um seguro para a empresa, conferindo-lhe a vantagem de poder concentrar a produção em outros lugares, evitando prejuízos desnecessários.
• Aceso ao mercado financeiro internacional: vender para o exterior gera um fluxo de fundos em diferentes moedas o qual, uma vez bem gerido, é convertido em um seguro natural contra as variações do tipo de câmbio. Além disso, o comércio exterior fideliza as empresas com bancos internacionais, abrindo as portas para financiamentos mais atraentes que os dos bancos locais.
• Desenvolver novos conhecimentos e experiências: uma das maiores vantagens de entrar no mercado internacional é o acesso às informações sobre as novas tecnologias, os métodos de comercialização e as estratégias dos concorrentes estrangeiros. Além disso, o simples fato de acumular oportunidade e experiência como exportador confere valor à empresa. Por exemplo, tais conhecimentos podem ajudar a empresa a ser mais competitiva no mercado de origem, além de permitir que a empresa preste consultoria a outras empresas, gerando assim uma nova fonte de receita.

Ken Allen, diretor geral da DHL Express, comentou que "o comércio internacional gera um enorme valor para as PYMEs, abrindo novos mercados para os seus produtos e serviços e oferecendo também acesso às boas práticas e inovações internacionais. Talvez o mais importante é que a competição internacional as força a aprimorar as suas próprias operações e processos internacionais, beneficiando os seus negócios no mercado doméstico e no exterior".